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SAPATARIA PAULITA 2020-08-29T16:41:36+00:00

A sapataria Paulita tem décadas de história em São João da Madeira

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Ana Maria · Sapataria Paulita, São João Nosso

A sapataria Paulita tem décadas de história em São João da Madeira

Como capital do calçado, S. João da Madeira surge cada vez mais como último reduto das sapatarias de pequena dimensão. Se antes proliferavam um pouco por todo o país, hoje é raro encontrar estes representantes da época dourada do comércio local.
Na gíria, diz-se que o segredo é a alma do negócio. Depois de visitar a Sapataria Paulita, rapidamente se percebe que a narrativa é, pelo menos aqui, ligeiramente diferente.

Fundada em 1974 por José dos Santos Freitas, ergue-se na Rua da Liberdade um David entre os Golias da indústria do calçado.
Como tantos outros, vai (sobre)vivendo como pode e muito à custa do amor que Ana Maria – filha do fundador e última resistente de um estabelecimento que já contou com sete funcionários – nutre pelo ofício.

Trabalhadora desde a primeiríssima hora, são já 43 anos à frente da 2ª sapataria mais antiga da região. Relembra, em jeito de lamento, os anos de ouro do espaço que hoje lidera, sozinha. 1997, ano de maior faturação, foi também ele o início do fim da prosperidade. Ana Maria confessa-nos: “a partir daí foi sempre a decair, até aos dias de hoje”. Porém, essa constatação surge sempre seguida pelo lema da marca, qual grito de guerra: adaptação.

Ao longo dos anos, a progressiva redução da afluência tem sido a realidade. E esta, como nos é dito, foi-se baseando em três fatores centrais: a construção da auto-estrada (A1) e consequente obsolescência da Estrada Nacional nº1, a construção do Hospital na cidade vizinha de Stª. Maria da Feira, bem como a política industrial fortemente penalizadora.

Estes e outros detalhes, fizeram com que as famílias algarvias que lá iam anualmente, passassem a fazê-lo com menos regularidade. E com que o número de empregados fosse reduzindo: de 7 até só restar Ana Maria. Se bem que é a própria a aludir, de forma peremptória, ao facto de meia pessoa ser capaz de dar conta do recado.

Os sapatos são de qualidade irrepreensível, a um preço incompreensivelmente acessível. As marcas, para além de pairar nas estantes uma total portugalidade, são todas originárias da zona Norte do país. Desde há meia dúzia de anos a esta parte, passou a ser possível personalizar os próprios sapatos, seja através de uma assinatura, de um detalhe oculto ou de uma marca própria. Tudo fruto da capacidade de reinvenção da cabeça que hoje tudo gere.

A verdade é que estamos perante uma sapataria com décadas de histórias, conquistas, derrotas e episódios insólitos. Desde ter de cortar as unhas a uma cliente de modo a poder calçar-lhe os sapatos, até ao velho ancião que se sentiu ultrajado por Ana Maria se ter curvado para o auxiliar. Embora existam e sejam lembradas com saudade, as peripécias menos felizes são uma minoria. Na esfera oposta, perdeu a conta aos clientes que afirmam voltar à loja pela simpatia com que sempre são atendidos. A proprietária – confrontada com tão manifesta demonstração de carinho – tudo nega, corando.

Mas sejamos rigorosos: se o segredo é a alma do negócio, o negócio é o espelho de quem o cria e faz florescer. De quem lá está, nos bons e nos maus momentos. E apesar de esta ser uma loja de sapatos, é também uma história de amor.
Da cabeça aos pés.

Como capital do calçado, S. João da Madeira surge cada vez mais como último reduto das sapatarias de pequena dimensão. Se antes proliferavam um pouco por todo o país, hoje é raro encontrar estes representantes da época dourada do comércio local.
Na gíria, diz-se que o segredo é a alma do negócio. Depois de visitar a Sapataria Paulita, rapidamente se percebe que a narrativa é, pelo menos aqui, ligeiramente diferente.

Fundada em 1974 por José dos Santos Freitas, ergue-se na Rua da Liberdade um David entre os Golias da indústria do calçado.
Como tantos outros, vai (sobre)vivendo como pode e muito à custa do amor que Ana Maria – filha do fundador e última resistente de um estabelecimento que já contou com sete funcionários – nutre pelo ofício.

Trabalhadora desde a primeiríssima hora, são já 43 anos à frente da 2ª sapataria mais antiga da região. Relembra, em jeito de lamento, os anos de ouro do espaço que hoje lidera, sozinha. 1997, ano de maior faturação, foi também ele o início do fim da prosperidade. Ana Maria confessa-nos: “a partir daí foi sempre a decair, até aos dias de hoje”. Porém, essa constatação surge sempre seguida pelo lema da marca, qual grito de guerra: adaptação.

Ao longo dos anos, a progressiva redução da afluência tem sido a realidade. E esta, como nos é dito, foi-se baseando em três fatores centrais: a construção da auto-estrada (A1) e consequente obsolescência da Estrada Nacional nº1, a construção do Hospital na cidade vizinha de Stª. Maria da Feira, bem como a política industrial fortemente penalizadora.

Estes e outros detalhes, fizeram com que as famílias algarvias que lá iam anualmente, passassem a fazê-lo com menos regularidade. E com que o número de empregados fosse reduzindo: de 7 até só restar Ana Maria. Se bem que é a própria a aludir, de forma peremptória, ao facto de meia pessoa ser capaz de dar conta do recado.

Os sapatos são de qualidade irrepreensível, a um preço incompreensivelmente acessível. As marcas, para além de pairar nas estantes uma total portugalidade, são todas originárias da zona Norte do país. Desde há meia dúzia de anos a esta parte, passou a ser possível personalizar os próprios sapatos, seja através de uma assinatura, de um detalhe oculto ou de uma marca própria. Tudo fruto da capacidade de reinvenção da cabeça que hoje tudo gere.

A verdade é que estamos perante uma sapataria com décadas de histórias, conquistas, derrotas e episódios insólitos. Desde ter de cortar as unhas a uma cliente de modo a poder calçar-lhe os sapatos, até ao velho ancião que se sentiu ultrajado por Ana Maria se ter curvado para o auxiliar. Embora existam e sejam lembradas com saudade, as peripécias menos felizes são uma minoria. Na esfera oposta, perdeu a conta aos clientes que afirmam voltar à loja pela simpatia com que sempre são atendidos. A proprietária – confrontada com tão manifesta demonstração de carinho – tudo nega, corando.

Mas sejamos rigorosos: se o segredo é a alma do negócio, o negócio é o espelho de quem o cria e faz florescer. De quem lá está, nos bons e nos maus momentos. E apesar de esta ser uma loja de sapatos, é também uma história de amor.
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