A GilModa é uma loja mítica de pronto a vestir em São João da Madeira

A GilModa é uma loja mítica de pronto a vestir em São João da Madeira
Imponente e orgulhosa: assim se ergue a Gilmoda – mítica casa de têxtil – situada num local histórico da cidade sanjoanense. De facto, a Praça Luís Ribeiro e, mais concretamente, a Rua da Liberdade são o último reduto e morada de algumas das mais icónicas lojas da região. Tenacidade e resiliência são, de resto, palavras-chave no vocabulário destes pequenos empresários, na luta diária por uma maior valorização do comércio tradicional.
A Gilmoda nasceu do irreverente empreendedorismo de um jovem na casa dos 20, algures entre a certeza de ter a vida pela frente e a inevitabilidade do serviço militar – à data – obrigatório. Primeiro em Gaia, mais tarde no Centro Comercial Sto. António (S. João da Madeira) e desde 1986 no atual local, a principal referência do comércio de roupa na cidade contou, outrora, com marca própria. À época, a cena comercial sanjoanense prosperava, apoiada num tecido industrial robusto e em clientes assíduos, oriundos dos cantos mais recônditos da nação.
Só suplantada por Lisboa e Porto – e ombreando em dimensão do volume de trocas com as restantes cidades do país – S. João da Madeira assumia-se como destino preferencial dos comerciantes com aspirações ambiciosas. Nos tempos áureos de fartas vendas, entre 1991 e 2007, a procura era tanta que se deram à aventura e criaram a própria marca: Maria Zira constava nas etiquetas de peças selectas e diversas, confeccionadas a partir dos tecidos mais refinados. O domínio e a prosperidade eram constantes e pareciam eternizar-se. Não foi assim.
Depois de 20 anos de confecção própria, a procura começou a decair e os tecidos foram encarecendo: tanto que começou a ser economicamente mais rentável adquirir roupa previamente fabricada, conduzindo assim a marca caseira até à expectável extinção.Hoje é Maria Alzira quem toma as rédeas do negócio, reservando a simpatia habitual para quem ousa passar da entrada. Outras exigências e a particularidade de serem das poucas casas com manequins maquilhados, destaque feito aos lábios carnudos, garridamente rosados. Ou em que os vestidos para venda também repousam no corpo de quem lá trabalha.Podem ser (só) preciosismos, pormenores ínfimos; porém, já Ludwig van der Rohe escrevia: “Deus está nos detalhes”. A Gilmoda está repleta deles e são deliciosos.
Imponente e orgulhosa: assim se ergue a Gilmoda – mítica casa de têxtil – situada num local histórico da cidade sanjoanense. De facto, a Praça Luís Ribeiro e, mais concretamente, a Rua da Liberdade são o último reduto e morada de algumas das mais icónicas lojas da região. Tenacidade e resiliência são, de resto, palavras-chave no vocabulário destes pequenos empresários, na luta diária por uma maior valorização do comércio tradicional.
A Gilmoda nasceu do irreverente empreendedorismo de um jovem na casa dos 20, algures entre a certeza de ter a vida pela frente e a inevitabilidade do serviço militar – à data – obrigatório. Primeiro em Gaia, mais tarde no Centro Comercial Sto. António (S. João da Madeira) e desde 1986 no atual local, a principal referência do comércio de roupa na cidade contou, outrora, com marca própria. À época, a cena comercial sanjoanense prosperava, apoiada num tecido industrial robusto e em clientes assíduos, oriundos dos cantos mais recônditos da nação.
Só suplantada por Lisboa e Porto – e ombreando em dimensão do volume de trocas com as restantes cidades do país – S. João da Madeira assumia-se como destino preferencial dos comerciantes com aspirações ambiciosas. Nos tempos áureos de fartas vendas, entre 1991 e 2007, a procura era tanta que se deram à aventura e criaram a própria marca: Maria Zira constava nas etiquetas de peças selectas e diversas, confeccionadas a partir dos tecidos mais refinados. O domínio e a prosperidade eram constantes e pareciam eternizar-se. Não foi assim.
Depois de 20 anos de confecção própria, a procura começou a decair e os tecidos foram encarecendo: tanto que começou a ser economicamente mais rentável adquirir roupa previamente fabricada, conduzindo assim a marca caseira até à expectável extinção.Hoje é Maria Alzira quem toma as rédeas do negócio, reservando a simpatia habitual para quem ousa passar da entrada. Outras exigências e a particularidade de serem das poucas casas com manequins maquilhados, destaque feito aos lábios carnudos, garridamente rosados. Ou em que os vestidos para venda também repousam no corpo de quem lá trabalha.Podem ser (só) preciosismos, pormenores ínfimos; porém, já Ludwig van der Rohe escrevia: “Deus está nos detalhes”. A Gilmoda está repleta deles e são deliciosos.
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